por Julia Zordan
Está marcada para hoje, às 18:00, uma paralização e passeata de mulheres pela cidade do Rio de Janeiro e por várias cidades da América Latina. Na última quarta-feira, dia 19, Argentina, México e Chile já haviam feito o mesmo. A razão? Lucía Perez. 16 anos. Drogada, violentada e morta no início deste mês. Cerca de 50 organizações convocaram o que foi visto como uma espécie de “greve de mulheres” nestes países [1], justamente para que este não se tornasse apenas mais um feminicídio, mais uma estatística. O movimento da semana passada, que ficou conhecido como “Miercoles Negro” (quarta-feira negra – tradução livre), recebeu apoio de mulheres ao redor de todo o mundo, tendo chegado ao topo da lista de tópicos mais comentados no mundo do Twitter ao longo da tarde, por meio da hashtag #NiUnaMenos.
O crime do qual Lucía foi vítima se encaixa no escopo do chamado “feminicídio” – ou seja, o assassinato de uma mulher motivado pelo fato de ela ser uma mulher, motivado por uma questão de gênero, como um parceiro inconformado com o fim do relacionamento, sentimento de posse, dentre outros [2]. Este vídeo aqui complementa a caracterização deste tipo de crime.